quinta-feira, 15 de julho de 2010

“Eu deveria ter sido mais atenta, todas aquelas flores artificiais…
Todos aqueles bibelôs…
Eu deveria ter ficado de olho, como pude, depois de tanta leitura, não ter percebido?
Flores artificiais nunca me enganaram
Azulejo preto com dourado também não
Espero agora ter aprendido

São Só Vestidos
Fernanda Isse
Mais uma vez o mesmo assunto. Pensei que não iria mais devanear sobre isso. Sobre nossa baixa estima. Lá vamos nós, de novo, que recebemos com cara de idiota a notícia de que uma estudante de moda de Novo Hamburgo havia vencido um concurso para criar os modelos dos trajes das soberanas da nossa III Expomonte. Na mesma notícia, alguns argumentos, como o de que a moça em questão pesquisou sobre os temas da nossa cultura. Admirável.
Não conheço a estudante de moda de Novo Hamburgo, mas conheço um lugar que se chama Fundarte, onde conhecemos, entre outros, Loíde Schwambach, Therezinha Cardona e Celiza Metz, onde funcionam belíssimos cursos de graduação em diversas áreas da arte, onde encontro alunos ávidos por criatividade e beleza. Conheço também em nossa paisagem já alterada, criações de Rogério Marx, Werner Berthold, e tantos outros arquitetos, como Pedro Bühler, que lutou desde quando também era um estudante para que a nossa Estação não fosse esquecida e Alexandre Franczak que fez o mesmo pela nossa Usina.
Adoro lembrar das histórias contadas pelo meu pai e pelo José Carlos Schwartz sobre a beleza das nossas moças, que não conheci mas que povoam as recordações de muitos, e também das que eu cresci querendo ser, como a Nonô Ritter, com sua grandiosidade e seu apego por essa terra, as lindas Ana Lúcia Rigon, Denise Garateguy e Suzana Zimmer. Conheço as nossas referências de moda local, a elegância extravagante de nossas senhoras, que fazem de nossas festas um encontro sempre surpreendente, a criatividade ao vestir da Zica, da Lya Seelig, da Alvina Penna e da Dulce Muller. As fotografias da amiga Juliana Moscofian, que, com sua jovialidade e talento, assim como o Milton Schwambach no passado, nos paralisam em um tempo bom e continuam contando nossa história.
Conheço a poesia de Maria Eunice Kautzmann, do Ernani Mottin, do Oscar Bessi,do Pedro Sthiel e da Carina Luft, a opinião firme e positiva da Martinha Taday, a alegria linda do ator Marcos Guarani, os filmes do Diego Kern que registram o nosso melhor, a perfeição ao redigir textos da Patrícia Griebeler, a música da Jussara Rosa, do Rodrigo Magrão, a guitarra do Augusto Licks, da Insite e do Vandré da Rosa que nos arrepia ao cantar seu amor por Montenegro. Admiro as costuras do “engenheiro do vestir” Weit, do Hugo Richter, da Sibila Schüller, das Coronet e da Geny Schwalm, os incríveis bordados da Eny Bühler, as aquarelas da Yvonne Galetto e da Eny Aigner.
Conheço os quadros do Ênio Pinalli.
Lamento, eles esqueceram.

O sentido da vida
É um recomeço
É o Ipê amarelo no dia cinza
É chegar em casa
É o chimarrão recém feito
É promessa de revista de cosméticos
É a écharpe de arco-íris

É a raspa da panela
É a ligação da minha mãe
É dormir até acordar
É o sapato vemelho
É almoço na hora do jantar
É um par de meias

É uma fofoca velha
É a saudade
É a bolsa dourada
É o filme novo
É ir embora daqui
Quinta-feira
Quem faz “aspas” com as mãos
Quem se despede numa ligação telefônica dizendo “tchau tchau”,tipo a Xuxa
Quem puxa o saco
Cabelo virgem, só se for loiro
Ai de mim

Gosto Dele
“O fascínio da inteligência é sempre sexy. Uma mulher perfeita raramente o é, muito menos uma mulher toda refeita. A elegância natural é sexy, e a fabricada é a antítese da s edução: apaga qualquer fantasia. Nas mulheres, os maiôs olímpicos com decote redondo são mais sexy do que os biquínis. Casas velhas são mais sexy do que as com hidromassagem. Discos de vinil são mais sexy do que CDs. Massa com molho de tomate é mais sexy do que sushi.”

Costanza
Olha que lindo: “elegância é apuro do porte e das maneiras. Tem muito mais a ver com aprimoramento pessoal do que com aparência. Por isso depende de aprendizado contínuo, a vida inteira. Na prática elegância consiste, sobretudo, em fazer evoluir sua cota pessoal de engenho e inventividade. É uma forma de colocar-se em harmonia com o universo, se superar, evoluir, viver alegrias e prazeres relacionados à criação. Ser elegante em última análise, é uma questão existencial, de como você pensa sua vida, como se coloca no mundo”.
O mais legal de tudo é que elegância se aprende, minha gente!!! Vamos praticar?
Aprendam Meninas
Inés de la Fressange para Madame Figaro

A FEMINILIDADE
“Frivolidade aliada a uma alma profunda.”
A FALTA DE GOSTO
“A obsessão de ter um ar de rica e usar, por exemplo, muitos logos.”
A ELEGÂNCIA
“Pfff, caiu no esquecimento. Não acredito que ainda possamos encontrar essa palavra no dicionário. Para mim, é um reflexo da alma. Uma mulher elegante leva uma conversa, tem o gosto pelo belo e preconceito contra o mesquinho.”
O GLAMOUR
“A alegria. Uma mulher que ri, brilha – isso é glamour.”
A MODA
“É um vírus inescapável. Mesmo que a gente diga que não se interessa, não se pode escapar dela. E melhor que seja assim! A moda se nos impõe de uma maneira imperceptível. É o sinal de uma época. É preciso aceitá-la e amá-la porque morremos um pouco quando deixamos de nos interessar pelo nosso tempo.”
O ESTILO
“Benzadeus eu não penso nele – se não seria insuportável! Nada é mais triste do que uma mulher que usa todo dia um uniforme. Por isso eu não me impeço de usar roupas que supostamente nãodeveriam andar jntas. Se eu tenho um conselho para dar às mulheres multifunçao como eu é jamais se acomodar aos papéis. Não se trata de enlouquecer, mas de não virar uma caricatura de tiazinha. Parem de pensar que H&M é só para as suas filhas!”
O QUE SE DEVE FAZER AOS 50
“Depois dos 22, a pele engana. Então, as armaduras são usar bijoux e bolsas.”
10/09/2009 - 14:38 EDITAR POST
Escolhemos um ao outro Para Cris e Dirceu
Ela ficou ao seu lado até seu último minuto
Eu sonho ser feliz para sempre
Ele era jovem, ela continua sendo
Ele me deu uma máquina de lavar roupas e hoje isso me comove
Ele não conseguia mais nem tomar água, ela estava ao seu lado até o último minuto
Eu estou com tudo encaixotado
Ele quer ir comigo aonde eu for
E eu quase nem acredito
Ela tinha tanta esperança de que ele se curasse
Ele sabe lavar as roupas e eu ainda não aprendi
Vou pintar tudo de branco, somos tão coloridos
Ela aceitou apenas lenços e uma pastilhas
O casaco da melhor amiga abrigou sua alma naquela noite
O melhor está por vir
Ela não sabe se deve sair da cama
Eu saio correndo para não me atrasar
Não Esqueça de Mandar Notícias
Não esqueça de mandar notícias
Não esqueça de pintar as unhas.
Atormentava-se, eufórica, com todos aqueles detalhes, os detalhes da festa.
Não havia recebido o convite, talvez o mais importante de todos eles.
O traje estava impecavelmente passado em cima da cama. Eu disse passado em cima da cama. Não acreditou mais em nada. Nem na companhia constante de suas idéias, de seus devaneios tão coloridos, tão brilhantes.
Não esqueça dos cabelos em ordem.
Consumia-se com furor naquela tarde tortuosa: onde foram parar os sapatos?
Não esqueça de vestir as anáguas.
Tenha modos de menina!
Cuidado para não furar suas meias.
Sua presença, sempre inquieta e lasciva já soava antiquada diante de tudo que se considerava adequado à época. Seu universo, verdadeiro e escondido.
Sem querer, percebia-se no ar que aquela expectativa não fazia mais parte do seu repertório.
A festa é hoje à noite, mal posso esperar para ver! Insistia.
Mas o convite não chegou ainda, e sinceramente duvido que chegue.
Que saudade sentia do era: pegou sua bicicleta, ninguém na carona, ao menos desta vez, nem pensar. Precisava buscar as suas coisas, o que lhe era muito caro, muito particular. Ninguém na carona. Quanto mais longe ficava, menor o lugar de que gostava tanto, acreditava.
Só mais uma marca, não me acompanhe se não quiser, é Chris Montez! Quero ver minha saia rodando pelo salão.
Queria apenas ter ido à festa, pecado nenhum! A essas alturas, o traje estava amassado e caído no chão.
Comporte-se que você não é mais criança, você já está longe e está ficando tarde para o retorno.
Não esqueça de quem te ama.
Aprenda a conviver com o desespero de sua prematura solidão. Ela é toda sua.
As luzes se apagaram de verdade quando da sua partida.
Contorne seu batom diante do espelho.
Não aceite nada de estranhos.
Ramiro César foi o pseudônimo escolhido para que este texto fosse publicado no livro da AMES, ele foi selecionado pela comissão, mas o livro não vai sair

Adorei
“Quando eu era mais jovem, era da turma do teatro e não ligava para a moda. Éramos hippies e o legal era não estar na moda. Meus ídolos eram Os Doces Bárbaros, o grupo formado por Caetano, Gil, Gal e Bethânia, gostava de Rita Lee, do grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone. Eu era bem rock”n”roll. Agora está tudo misturado, o rock, a moda, o cinema, as artes plásticas. Com o tempo, nas pesquisas para os meus trabalhos fui descobrindo o quanto o figurino fala sobre o personagem, e como a moda está ligada aos costumes, regras sociais e a cultura da época. Me aproximei da moda devido ao meu trabalho de atriz.”

Take a look and smile
A moda é repleta de personagens – para o bem e para o mal. Os tipos mais comuns?
1. a feia que tem certeza que é bonita – admiro, porque a autoestima de uma pessoa assim está nas alturas.
2. a classe média que queria ser rica – que tem o nome no Serasa e deve o condomínio, mas que jura que sua família é muito sofisticada e assiste 30 mil vezes Bonequinha de Luxo para imitar todos os trejeitos de Audrey Hepburn. Só Freud ajuda.
3. a garota do interior (nada contra, pelo contrário!) que quer parecer a mais moderna da cidade – negação da origem?
4. a mal educada que finge que má educação é sinônimo de algo legal e vira…uma personagem, daquelas que alguns têm medo, outros, dó. Sua máscara? Carão 24 horas por dia + óculos com lentes enoooooormes.
5. a extravagante – que no fundo é tão insegura, que coloca tudo agora ao mesmo tempo para ver se consegue desviar a atenção dos outros para os apetrechos, não para ela.
6. a sábia – que destila “conhecimento” e que adora usar expressões em outros idiomas para mostrar todo o seu know-how. Mas que nunca admite que aprendeu algo com alguém ou que não sabia de alguma coisa até outro dia.
7. a simpática – que basta você virar as costas para ela começar a falar mal. Vulgo falsa até o último fio de cabelo.
Enfim, é claro, que esses tipos existem em qualquer profissão, mas é divertido e ao mesmo tempo triste ver que na moda eles aparecem aos montes. Alguém tem um palpite do porquê?
Texto RENATA PIZA


Para que se renovem as energias para o ano novo apegue-se à Nina Garcia e a Sissi como se fôssemos Expedito, o santo das causas impossíveis. http://cestsissibon.blogspot.com/)
Só ele(a) para ajudar você nessa hora difícil e sensível que é a edição do closet. A saber, as aspas dela e os meus comentários:
1. JOGUE FORA O QUE VOCÊ NÃO USA E O QUE NÃO FICA BEM EM VOCÊ. Dureza é admitir que você nunca mais vai usar aquela minissaia de pelúcia de leopardo – ainda mais agora que Tory Burch fez coletes fake do felino. Mas, querida, encare a vida: a moda colocou o leopardo fake na gaiola certa. Mini é muitoooo risqué. Colete é engraçado. Isso é só um exemplo da conversa que você vai travar com cada uma das peças entocadas no fundo do seu armário. Prepare-se para ouvir por horas as vozes do diabinho e do anjinho da moda. Para agüentar, tia Nina sugere que você se dê de presente uma peça-desejo para cada 20 que mandar para a sacola marcada com “já vai tarde”. Eu acho uma marca alta – espero que você não tenha 20 peças para mandar embora. Mas desconfio que seja o caso da Loulou. Seja como for, você captou a necessidade de ter uma cenoura na sua frente, sim?
2. COMPRE O TAMANHO CERTO. Tenha fé de que vai acontecer, mas não conte que você vai perder 5 quilos na hora de comprar uma roupa. “É melhor ser realista e aproveitar o que aquela peça pode fazer por você naquele momento”, diz Nina. Isso significa que não adianta adquirir um tubinho Léger se você vai se sentir como um salame francês, compreeende? Melhor um vestidinho mais amigo, assim, um André Lima vaporoso? Do contrário, você vai se sentir deprê cada vez que abrir o armário.
3. NÃO SE DEIXE SEDUZIR PELO OFF, OFF, OFF! Sim, ninguém discorda que ir ao Marcas&Cia e comprar um sapato masculino de píton Maria Bonita por 500 reais – valor cheio, 1,5 mil reais – é uma barganha. Mas se você nunca levar o par para dar uma voltinha, bem, vou dar uma notícia: você não mais economizou 1 000 reais e sim jogou fora 500 reais.
4. AI, NÃO SEJA TÃO SANTA. Moda é diversão (esse é meu mantra). Se você não consegue sair da linha, precisa experimentar a ótima sensação de colorir outros espaços em branco. “Você deve se sentir inspirada pelo conteúdo do seu closet”, diz tia Nina. “E 20 saias pretas dificilmente tiram alguém do tédio como uma única saia bordada.” Make it a Blumarine!
5. NÃO SEJA DOMESTICADA PELAS TENDÊNCIAS. Simples assim: se um vestido amarelo Isabella Giobbi não fica bem em você, por que insistir? Sim, o amarelo é de novo a cor do verão. Mas está longe de ser a única. Então, take a walk on the wild side e se afaste do que dita o mercadão. Seja fiel ao que o seu espelho manda.
6. SEJA MEL GIBSON NA HORA DE EDITAR. Querida, se você agüentou ver cinco segundos da batalha de Coração Valente entende o tipo de coragem necessária para decepar peças do seu armário. Parece autoflagelo, mas não venha de “bibibi”. Por razões sentimentais você guarda o guardanapo do acarajé que dividiu com seu primeiro namorado na viagem para Salvador. Não guarda 25 camisas xadrezes de quando decidiu ser grunge. Não se apegue a uma peça só porque investiu o salário de três meses nela. Monte um bazar como o da Rita Wainer e deixe que a peça, até então encalhada, vá ser feliz no corpo de uma outra menina. “Seu armário deve conter apenas aquilo que fica bem em você”, diz Nina Garcia. “Do resto, eu prometo, você nunca vai sentir falta.”
E eu prometo que, a cada limpeza que você faz, mais seu estilo se refina. E mais você fica fina.
Kate, o Ícone
OS DEZ MANDAMENTOS
Do livro “Kate Moss Style by Angela Buttolph”. Nele a autora conta como, nos últimos 20 anos, Kate virou ícone de moda.
E ela enumera dez regrinhas básicas que Kate segue religiosamente:
1- “Use jeans de um jeito novo”
Kate é rainha do jeans, foi ela que popularizou os skinny, os mini shorts e a volta da boca de sino.
Mas tudo isso ela usa sempre de maneira oposta ao que está na moda. O negócio é usar o que ninguém está usando. Quando as meninas estavam todas de skinny de cintura baixa, ela surgiu de boca de sino de cintura alta. Virou febre.
2-”Faça parecer natural”
Amarre um cinto meio solto no seu vestido de festa. Não escove os cabelos para uma festa. Use kajal preto, bem adolescente, nos olhos, compre roupas vintage e acessórios já um pouco gastos.
3-”Procure a qualidade”
Ao invés de usar sua coleção da TopShop, Kate quase nunca compra em lojas normais. Quando ela era adolescente, comprava , malhas de cashmere com gola pólo, vestidos de festa da década de 30 e alfaiataria dos anos 40 em Portobello Market, em Londres. Roupas vintage podem oferecer tecidos de qualidade e corte impeçaeveis que já não existem mais, por uma fração do preço das da moda.
4-”Seja uma rebelde do Dress Code”
Esse é um truque que sempre coloca Kate no centro das atenções.
Ela sempre vai usar o oposto esperado, em ocasiões específicas. Como uma calça justíssima de couro e um paletó de smoking para o baile de gala do Metropolitan, ou um vestido fofo anos cinquenta para o NME Music Awards. Lantejoulas num festival de música cheio de lama, ou até shorts curtíssimos para um casamento diurno. Ela ignora totalmente o dress code e mesmo assim faz as pessoas da festa se sentirem como se elas é que estivessem com a roupa errada.
5-”Mantenha as estampas eternas”
Xadrez grunge, floral 40″s, listras navy. Kate raramente usa uma estampa da coleção atual de um estilista. Essa é a chave pra um look eterno, juntamente com a combinação de cores neutras, como preto, marinho e cinza. Por isso as fotos dela de vinte anos atrás parecem tão atuais.
8-”Use a roupa justa no tronco”
Kate é pequena e delicada. E depois de trabalhar anos com os melhores estilistas aprendeu o indispensável: as roupas tem que estar ajustadas para parecer que não poderiam caber em ninguém mais além dela. Assim o corpo fica muito mais alongado.
7-”Seja autêntica”
Sempre que Kate quer retratar uma época ela usa peças genuínas. Ser quer ser punk, ela compra uma camiseta de Vivienne Westwood dos anos 70 e não uma “estilo punk” de uma lojinha nova. Se quer ser hippie compra botas verdadeiras de indios americanos de camurça “Winnetonka”.
8-”Foque nas roupas”
Para Kate, vestir-se sempre se tratou de roupas e não de moda. Nas suas aventuras comprando roupa vintage ela aprendeu que uma roupa boa é uma roupa boa. Uma linda blusa de seda é etarna, assim como um trechcoat que te cabe perfeitamente sempre vai ficar incrível. Kate diz que: “as roupas entram e saem da moda. Mas isso não é estilo. Estilo é ser clássica”
9-”Misture tudo”
Kate mistura coisas que, normalmente, não combinariam. Calças de vinil com uma blusinha de renda vitoriana. Ou botas de motoqueiro com um vestido de paetês, ou até um vestido de baile com um casaco de leopardo. Ela quebra regras e acaba ditando a moda no mundo todo.
10-”Em caso de dúvida, compre um diamante”
Do par de bricos de gota do século 19, às argolas de safira e brilhantes que ganhou de Donatella Versace, Kate sabe que o que ilumina uma roupa de verdade é uma jóia incrível porém sutil.
Viram? Agora é olhar o guarda-roupa, ver o que combina com você e tentar trabalhar nos seus próprios dez mais pra virar ícone também!





Coisas de Fernanda
“Não desperdice a vida em dúvidas e medos; dedique-se ao trabalho na sua frente, com a certeza que o desempenho correto das obrigações desta hora será a melhor preparação para as horas ou anos que virão.”
– Ralph Waldo Emerson (1803 – 1882)
-Começo o horário eleitoral montenegrino. Adoro!
Devaneios
“A mulher inteligente não é escrava dos caprichos dos costureiros, dos cabelereiros ou dos fabricantes de cosméticos. Antes de adotar a última palavra da moda, ela estuda o efeito da mesma sobre o seu tipo. A mulher inteligente sabe que mais importante que parecer “chique”é parecer bonita. Não quero dizer que ela ande fora de moda, use roupa e penteados antiquados. Mas o que ela usa é o que lhe fica bem, ajuda a sua figura, realça a cor e o brilho de seus olhos e cabelos, a cor da sua pele, remoça-a e torna-a ainda mais interessante para os olhos masculinos.”
Clarice Lispector era, na verdade, personal stylist e arrumadeira de namorado pra galera. Que ela ainda disse mais, ó: “Raciocinem, estudem a si próprias, em detalhes, lembrem-se de que o que fica bem a uma Elizabeth Taylor, miúda, frágil, com beleza de boneca, ficaria ridículo em Sophia Loren e vive-versa. No entanto, ambas são lindíssimas”. Tá bom, meninas? Pensamento-conselho bom pra todas nós.
Estilo da Semana
Madonna 50 anos
No último sábado, dia 16 completou 50 anos o maior ícone feminino do nosso tempo: a ítalo-americana Madonna, a rainha da pop music.
Há exatos 25 anos na moda, a diva camaleônica que reescreve sexo, gênero e moda, torno-se maior que sua própria música: o visual carregado dos anos 80, as inspirações que vão de Marlene Dietrich, evita Perón , Marylin Monroe à Frida Kahlo e skatistas, até Abba e Dancin” days.
No caso dela não há distinção entre marca e pessoa: e o segredo de sua marca é renovar sua mensagem de acordo com o seu tempo.
Modernidade, vanguarda e credibilidade.
Tino empresarial e controle da própria carreira, soube envelhecer como exemplo de beleza e saúde.
Madonna é a verdadeira feminista, segundo Camile Paglia – ensinou as moças a serem femininas e sexuais, mantendo ao mesmo tempo controle sobre as suas vidas. Sendo mais libertária do que libertina.
Será que pega?
Franjas e colete e Kate.
Bom Gosto
O artista é o criador de coisas belas.
Revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte.
O crítico é aquele que pode traduzir, de um modo diferente ou por um novo processo, a sua impressão das coisas belas.
A mais elevada, como a mais baixa, das formas de crítica é uma espécie de autobiografia.
Os que encontram significações feias em coisas belas são corruptos sem ser encantadores. Isto é um defeito.
Os que encontram belas significações em coisas belas são cultos. Para estes há esperança.
Existem os eleitos, para os quais as coisas belas significam unicamente Beleza.
Um livro não é, de modo algum, moral ou imoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.
A aversão do século XIX ao Realismo é a cólera de Calibã por ver seu rosto num espelho.
A aversão do século XIX ao Romantismo é a cólera de Calibã por não ver o seu próprio rosto no espelho.
A vida moral do homem faz parte do tema para o artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito. O artista nada deseja provar. Até as coisas verdadeiras podem ser provadas.
Nenhum artista tem simpatias éticas. A simpatia ética num artista constitui um maneirismo de estilo imperdoável.
O artista jamais é mórbido. O artista tudo pode exprimir.
Pensamentos e linguagem são para o artista instrumentos de uma arte.
Vício e virtude são para o artista materiais para uma arte.
Do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é o do músico. Do ponto de vista do sentimento, é a profissão do ator.
Toda arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo. Os que buscam sob a superfície fazem-no por seu próprio risco.
Os que procuram decifrar o símbolo correm também seu próprio risco.
Na realidade, a arte reflete o espectador e não a vida.
A divergência de opiniões sobre uma obra de arte indica que a obra é nova, complexa e vital.
Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.
Podemos perdoar a um homem por haver feito uma coisa útil, contanto que não a admire. A única desculpa de haver feito uma coisa inútil é admirá-la intensamente.
Toda arte é completamente inútil.
este é o prefácio de ” O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, escrito em 1891.