sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Marina e Hortelã

No último inverno, eu como exímia jardineira, deixei que minhas plantas secassem e desfalecessem sem perceber. Fato que me deixou bem chateada... Comentei o ocorrido com meu amigo Daniel, que tem um jardim lindo e ele prontamente me presenteou com uma “muda” robusta de hortelã, que plantei hoje pela manhã e passei o dia em volta, colocando água, mexendo na terra e sei lá mais o quê, para que ela sobrevivesse.
Mais tarde, quando fui dar uma olhada nas “novidades do facebook”, percebi um certo desconforto da parte de alguns, desejando força e preces ao meu amigo Ronaldo, marido da Fernanda Pölking, casal que apesar da falta de intimidade e de convivência, gostamos muito, fizemos o cerimonial de seu casamento, que foi lindo por sinal... A Fernanda, que foi minha colega desde o colégio, que sempre tirou as melhores notas em tudo, que me ajudava, e que se tornou uma das melhores profissionais que conhecemos em sua área, a pediatria, que é filha de uma das profes mais queridas que eu já tive, a tia Clá, e que hoje, exatamente no dia de hoje, enfrenta, longe daqui, a maior prova de sua vida, junto com o Ronaldo, um terrível tropeço do destino, um acidente com sua pequena Marina.
Quem sou eu? Que estava tão preocupada com a vida da hortelã, que para alguns pode ser corriqueiro, pode ser capim, pode ser paranóia de uma desocupada... mas que me transportou a um sentido poético. Eu sofro assim, e cadê Deus nessas horas?
Marina, de longe estou em vigília, comecei o dia assim, simplesmente porque não me conformo com o que o destino te fez passar...nem dimensiono o tamanho dessa prova, que dói em mim também!

Dinheiro Não É Assunto



Eu estava em uma dessas rodas que se formam por ironia ou por sacanagem mesmo, do destino. Em uma festa, nos formatos bem atuais e requintados, quando me vi rodeada por três homens, dois, maridos de conhecidas, mas que eu nunca tinha visto na vida até então e um velho conhecido, daqueles gente boa, que a gente conhece desde sempre. Pois os dois indivíduos desconhecidos (assim continuam para mim, já explico) começaram a falar sobre questões como renda per capita da cidade em que vivemos, nossa Montenegro de Ontem & Hoje, e o festival de números começou, enquanto o garçom delicadamente nos servia whisky 12 anos “do bom”, do muito bom, em copos maravilhosos...na verdade o único número que me interessou durante todo o desenrolar da palestra que começou a ir um tanto longe demais, a ponto de me deixar atônita com tantos comentários grosseiros sobre “gente que era alguém, hoje está falido!”. Fala-se, nesses momentos a palavra “falido” com um certo ar de comemoração, que nunca consegui compreender e nem pretendo. Falido, palavra que pode ser sinônimo de “caído”, sempre foi proibida de ser pronunciada dentro da minha casa, onde sempre desprezou esse prazer medonho que alguns têm em pronunciá-la, e se salientava que “dinheiro gira rápido demais, o que hoje está em suas mãos, amanhã pode estar nas minhas”.
Com a educação que tive e com o que a vida me ensina,prefiro pensar que dinheiro não é assunto e que na verdade nem existe! muitas vezes é bom, precisar pode ser ruim, gastar pode ser um prazer, encontrar na calçada uma nota de R$5,00 pode ser a solução, ter credores pode ser odioso, deixar metade das compras no supermercado por “problemas no cartão”, pode acontecer com qualquer um. Gente o nadador olímpico Gustavo Borges quase morreu afogado no mar!
Tão pobre é usá-lo como escada, como atributo, ou contar desvantagem, coisa chata.
Porque esses senhores se encontravam em tal festa? Se deviam ter ficado em casa, lendo “O Capital”.
Gente pobre, gente hipócrita.

Belas




Existem mulheres que se levantam pela manhã, passam uma água no rosto e vão para a rua, intocadas como a natureza as fez. Benditas sejam. E existem todas as outras, que diante do espelho, se entregam ao ritual de dar uma forcinha ao patrimônio genético, reinventando diariamente a persona com que se apresenta ao mundo.
Desde Nefertiti, a deslumbrante rainha que reinou no Egito até há quase 3.400 anos até Catherine Zeta Jones, a atriz que foi considerada o modelo hollywoodiano de beleza deste terceiro milênio.
Na rainha egípcia , as sobrancelhas raspadas e redesenhadas, como em Greta Garbo, a musa sueca, são quase masculinas pelos padrões atuais, mas todo o resto poderia frequentar páginas de revistas de celebridades, dos lábios carnudos ressaltados pelo vermelho, aos olhos contornados, praticamente como idênticos à maquiagem usada por Elisabeth Taylor.
A ensaísta americana Camile Paglia escreveu que “O Egito inventou o glamour, a beleza como poder, o poder como beleza”, usando o busto de Neffertiti, descoberto por arqueólogos alemães no início do século XX, como o marco zero desta invenção.
As semelhanças nos truques de maquiagem já foram estudadas por vários ramos da ciência, desde a antropologia até a psicologia evolutiva, que busca as raízes do comportamento atual.
A ideia geral da maquiagem é ressaltar os traços de juventude e e saúde valorizados pelos nossos ancestrais mais remotos.
Para toda uma corrente feminista, as mulheres são seres frágeis e indefesos cruelmente manipulados por uma indústria perversa que as obriga a se conformar a rígidos padrões de beleza. Será?

O Progresso 04.11.11







Especial Seelig 85 Anos

A comemoração dos 85 anos de vida da tradicional loja encantou a todos os presentes ao evento do último dia 26. Amigos e clientes brindaram, se emocionaram e se divertiram junto com a querida família Seelig toda a alegria em torno da data e também a chegada da nova estação com passarela montada dentro da loja, onde bonitas e bonitos da cidade desfilaram as cores e os modelos das linhas praia, prêat à porter e as novidades em modelos de festa. (fotos Juliana Moscofian)

P1-A família Seelig era só alegria durante a recepção: Ruy e Lya rodeados por Joane, Josi, Eduardo, Jordana, Adriana, Mana, Tiago e Arthur

P2-Na passarela, Jamilla Isse

P3-A bela Amanda Nichels

P4-A beleza e o carisma de Yvonne Galetto

P5-Uma presença sempre elegante: Gilka Bolze

P6-Anfitriã e manequim, Lya Seelig é sempre luminosa e colorida