sábado, 12 de novembro de 2011

O Gesto

“O Gesto consciente fica mais suave. Ganha delicadeza sem perder a eficiência na mensagem.Experimente fazer os gestos banais mais cuidadosamente possível. Atender ao telefone. Escovar os dentes. Cortar o pão. Levar a xícara de café á boca. Sentar-se. Levantar-se. Pegar a sacola de cima do sofá. Falar (há quem não consiga falar sem muitos gestos).
Enfim- todos os gestos do mundo o mais cuidadosamente possível.
É uma delícia quando a gente começa a pensar no assunto e até o gesto se incorpora ao estilo, se refaz. A conscientização do gesto o torna mais íntimo, como se a gente o domesticasse e o fizesse amigo-não inimigo do estilo.
Pode ser um horror também, quando a gente se dá conta da imensidão de erros do corpo. Da mão que parece meio fora de controle e nunca sabe onde se colocar, ou está sempre roubando o espaço alheio, do braço que esbarra em tudo, e é rápido demais, ou sem alegria.
Gestos revelam seriedade, petulância, inseguranças de todos os matizes. São eloqüentes. Os gestos que a gente faz sem saber, ou ver (embora os outros vejam muito)”.
Costanza Pascolato- em “O Essencial”

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